Se perguntássemos aos alunos sobre a lei 11.645 – que trata da obrigatoriedade do ensino acerca das relações étnico-raciais e da cultura afro-brasileira e africana – provavelmente eles nada responderiam. Se perguntássemos aos educadores? Obteríamos o mesmo resultado dos alunos. A grande pergunta que fica no ar é: está certa esta falta de informação?
Historicamente, o aluno foi inserido num ensino que inclui a discussão sobre as diversas etnias no Brasil somente nas disciplinas de geografia e história. Apesar disso, o primeiro passo foi dado quando, em Joinville, a 23ª Gerência de Educação de Santa Catarina reuniu, na Univille, em novembro, professores de história e geografia da rede pública estadual, para discutir a lei em questão, principalmente no que diz respeito à sua aplicabilidade numa perspectiva interdisciplinar.
Ora, se a discussão é sobre a aplicabilidade da lei, que já está em vigor, “teoricamente” desde 2008, como fica a abordagem do ensino das diversas etnias, sendo que esta recai apenas entre os professores de história e geografia?
Com certeza, o passo dado para a educação em Joinville foi apenas mais uma etapa dessa longa caminhada que terá sequência em 2010, quando nós, professores, retornarmos às aulas.
Pelo que observamos in loco com afrodescendentes, indígenas e professores especialistas dessas áreas, percebe-se a complexidade que é trabalhar essas “histórias” restringindo-as a determinadas disciplinas.
Assim, podemos concluir que a responsabilidade dos educadores em propiciar subsídios sobre relações étnico-raciais e afro-brasileiras não é única e exclusiva dos professores das disciplinas de história e geografia. A responsabilidade é de todos.
É importante que todo o corpo docente, nas escolas, discuta a aplicabilidade dessas temáticas, promovendo a interdisciplinaridade e a divisão de questões que perpassam para além da área de humanas.
*Pós-graduando em interdisciplinaridade em prática pedagógica e licenciado em história
Artigo do A Notícia - 05/12/09.
Historicamente, o aluno foi inserido num ensino que inclui a discussão sobre as diversas etnias no Brasil somente nas disciplinas de geografia e história. Apesar disso, o primeiro passo foi dado quando, em Joinville, a 23ª Gerência de Educação de Santa Catarina reuniu, na Univille, em novembro, professores de história e geografia da rede pública estadual, para discutir a lei em questão, principalmente no que diz respeito à sua aplicabilidade numa perspectiva interdisciplinar.
Ora, se a discussão é sobre a aplicabilidade da lei, que já está em vigor, “teoricamente” desde 2008, como fica a abordagem do ensino das diversas etnias, sendo que esta recai apenas entre os professores de história e geografia?
Com certeza, o passo dado para a educação em Joinville foi apenas mais uma etapa dessa longa caminhada que terá sequência em 2010, quando nós, professores, retornarmos às aulas.
Pelo que observamos in loco com afrodescendentes, indígenas e professores especialistas dessas áreas, percebe-se a complexidade que é trabalhar essas “histórias” restringindo-as a determinadas disciplinas.
Assim, podemos concluir que a responsabilidade dos educadores em propiciar subsídios sobre relações étnico-raciais e afro-brasileiras não é única e exclusiva dos professores das disciplinas de história e geografia. A responsabilidade é de todos.
É importante que todo o corpo docente, nas escolas, discuta a aplicabilidade dessas temáticas, promovendo a interdisciplinaridade e a divisão de questões que perpassam para além da área de humanas.
*Pós-graduando em interdisciplinaridade em prática pedagógica e licenciado em história
Artigo do A Notícia - 05/12/09.
Disponível em:
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2739189.xml&template=4187.dwt&edition=13663§ion=882
